Toca do Jacaré: abril 2006

Hoje iniciarei uma série de contos reais ocorridos nas rodovias brasileiras.
Todas as histórias são reais, porém os nomes e as rodovias serão fictícios. Desta maneira evitaremos maiores transtornos no futuro.

O primeiro conto foi relatado por um policial rodoviário durante uma confraternização fraterna que dentre muitas histórias escolhi esta.

Dois policiais estavam fazendo a sua ronda na BR-666, quando de repente observam marcas de freadas na pista. As marcas dirigiam-se para o acostamento próximo à uma ponte.
Seguindo as marcas os policiais vislumbraram um carro estatelado próximo à ponte.

Eles correram para ver se haviam vítimas e em que estado se encontravam. Chegando lá encontraram quatro homens feridos pela colisão.
Chamaram o carro de resgate para que pudessem ser atendidos e levados para um hospital.
Enquanto esperavam foram prestar socorro às vítimas e perceberam que um deles não havia se ferido muito (aqui o chamaremos de Marco), apresentava alguns cortes apenas, enquanto os outros, apesar de não apresentarem ferimentos graves, encontravam-se em pior situação.

Chegando o resgate os paramédicos logo atenderam as vítimas e perguntaram se estava tudo bem com todos. Eles afirmaram que sim, mas mesmo assim os paramédicos retiraram suas vestes para observar se haviam ferimentos ocultos pelas mesmas. Tudo corria bem, nada de grave fora constatado até então.
A única vítima que não foi realizada a retirada das vestimentas foi o Marco, pois ele disse estar bem, não ter nenhum ferimento nas pernas e solicitou que o mantivessem vestido.

Então os paramédicos encaminharam as vítimas para o hospital mais próximo, para que pudessem ser atendidos.
Chegando nos hospital, os policiais foram dar encaminhamento ao b.o. enquanto as vítimas eram atendidas.
De repente começa um rebuliço na entrada do hospital e um dos policiais solicita a presença do outro, que prontamente se apresenta.

Todos riam, e não era pra menos. No hospital, os enfermeiros procederam o corte das roupas de Marco, que implorava pela não realização. Ao retirarem as calças de Marco todos tiveram a surpresa. Ninguém esperaria que um sujeito como Marco, aparentemente 30 anos, bigode, pedreiro, fosse pego usando uma calcinha bege com lacinho.
Impossível não cair na gargalhada.

Marco, desconcertada, coloca a mão próxima dos olhos e sussura "Ai meu Deus, que vegonha!"