Que merda, piazada! Uma semana e nada de post de vcs.

Então vou postar um negócio que vem me incomdando nos jornais. Talvez alguns conheçam ou já tenham ouvido falar sobre isso: RPG.
Não, não significa Recreação Para Gays. Gays também jogam e fingem ser mulher nas partidas. O verdadeiro significado para a sigla é Role Playing Games. Lindo, não?! Pois é, em português seria algo como Jogos de Interpretação.

Nestes jogos os jogadores assumem o papel de um personagem com características físicas, mentais e sociais, ou seja, vira alguém. Pode ir desde um cara fortão e burro a um Stephen Hawkings, ou qualquer que seja. Muitos personagens não são humanos ou então vivem numa realidade não tão real. É aí que a porca torce o rabo, você pode ser um vampiro, um mago, um elfo, um lobisomem ou até mesmo um personagem de desenho.

Mas como é que se joga essa porra? Bom, sempre tem um que gosta de jogar de goleiro, não é mesmo? Neste tipo de jogo o goleiro é o chamado mestre. O mestre é o cara que bola tudo, lugares, personagens que não são controlados pelos jogadores e todas as situações pelas quais os personagens irão enfrentar.
Não entendi ainda como é esse jogo! Tá bom, vai lá. O mestre explica onde cada um dos presonagens está (podem etar todos juntos ou separados) e o que está acontecendo naquele local.

Os personagens então estão livres para fazer o que quiserem ou pelo menos tentar fazer. Para saber se os manés conseguirão ou não existe uma ficha onde estão todos os atributos do personagem, coisas como a força, o carisma, a inteligência, a agilidade, a força de vontade e outras habilidades mil. Caso o indivíduo tente fazer algo o mestre solicitará o valor do atributo em questão. Por exemplo, o Minhoca quer levantar um trator na Fazenda-Escola. A força dele deve estar em torno de 18 (valor fictício criado apenas para o exemplo). O mestre jogará o dado e, dependendo do resultado, ele pode conseguir ou não. Portanto ganhadores e perdedores neste tipo de jogo são raros, uma vez que as aventuras em geral são para o grupo de jogadores. Beleza?

Acho que todo mundo já entendeu mais ou menos como funciona. O que não devem ter enendido é o porquê de tudo isso. É bastante simples, há alguns anos um bando de imbecis estavam jogando um RPG chamado Vampiro: A Máscara e acabaram matando uma menina em um cemitério no interior de SP. Recentemente os jornais vêm noticiando o assassinato dos pais de um jogador que apostou com seus amigos infames a cabeça dos pais do perdedor. Ainda não descobri que RPG eles estavam jogando, mas em nenhum dos sistemas de RPG os autores dizem para incorporar o personagem fora do jogo.

Durante a partida de RPG os jogadores acabam entrando realmente no clima do jogo. Eu joguei RPG por vários anos e quando recordo de uma partida ou um momento qualquer o que vem em minha mente não são os meus amigos ao meu redor e a mesa onde estão as fichas e dados, mas sim a imagem que criei para aquela situação. Coisa louca, não é? Pois é, imaginem um jogo no computador em que vocês são um personagem e passam por diversas situações. É assim que a minha memória e de muitos outros RPGistas registra a partida.
O que acontece é que na partida de RPG o jogador sente-se poderoso, pois ali ele pode fazer coisas que na vida real não conseguiria por incapacidade física ou mental e até mesmo por medo de rejeição pela sociedade (já vi gente se agarrando com traveco na partida).

Esta sensação de superioridade tem dois lados.

O bom: melhora a auto-estima do indivíduo e trabalha com a criatividade, sendo usado e aprovado por diversos professores em diversos níveis de ensino (fundamental a superior).

O ruim: existem dementes que pensam ser os personagens que vivem durante o jogo. Seria o mesmo que um jogador de DOOM, ROTT, DUKE NUKEM ou qualquer outro destes em que você tem que sair matando todo mundo começar a andar pelas ruas matando todos que cruzam seu caminho.

O que me entristece, além de já fazerem uns cinco anos que não jogo, é que por casos como estes o RPG acaba sendo mal visto e mal quisto quando poderia estar sendo utilizado para acabar com aquelas aulas idiotas de história em que nós ficamos só ouvindo um monte de baboseira e não lembramos de nada depois.
Já rolou até um projeto de lei tentando proibir o jogo no Brasil, mas acabou virando em nada.

Portanto, se cruzarem (não neste sentido) com um RPGista não rua, não precisa ter medo. Ele não morde.

Acho que foi o meu maior post até hoje.

NOFX - The Decline. ROX.

Amanhã acho que rola futéba.

Image Hosted by ImageShack.us


Desenho do Boris Vallejo, um dos preferidos dos RPGistas.

Postado por Bxqtz às 15:19



Powered by Blogger
 
Últimos posts
Histórico


Visite também



Site 
Meter

Meteorologia